data-filename="retriever" style="width: 100%;">Fotos: Renan Mattos (Diário) e Fabrício Colvero (arquivo pessoal)
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Quem olhou para céu entre meio-dia e as primeiras horas da tarde desta segunda-feira, pode ter sentido um incômodo nos olhos. Nas lentes de câmeras e celulares, o contraste ficou mais acentuado: a lua cobriu o sol registrando uma eclipse.
De acordo com Fabrício Colvero, astrônomo amador, o total do fenômeno será total no sul da Argentina e do Chile (ao lado, foto de um eclipse total em Santa Catarina, em 1994, às 9h).
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Aqui no centro do Rio Grande do Sul, a cobertura do sol ficou em torno de 53%, ou seja, metade do astro ficou coberto. A lua começou a encobrir o astro por volta de 12h16min. O ponto máximo do eclipse foi por volta de 13h43min e acabará pouco depois das 15h.
Quatro acontecimentos astronômicos para você acompanhar nos próximos dias
- O eclipse acontece quando a lua passa entre a terra e o sol. Também não exerce nenhuma influência muito severa no planeta. Causa um pouco de perturbação em aves, plantas, porque fica mais escuro, é como se anoitecesse durante alguns minutos do dia. Quem já presenciou pessoalmente, sempre comenta que é algo inexplicável porque, durante a totalidade, que dura poucos minutos, tu olhas para cima e parece um anel de fogo. Em pleno dia, meio-dia, tu enxergarias o céu estrelado - explica Fabrício Colvero.
Conforme Gilberto Colvero, também aficionado por astronomia, a experiência de acompanhar um eclipse completo é indescritível. Ele estava em Santa Catarina, em 1994, quando o sol foi completamento encoberto pela lua, restando apenas a coroa visível:
- Na verdade, não é um fenômeno que pode ser explicado. Só presenciando para ter uma ideia, é um espetáculo indescritível. Antes de iniciar, percebemos a sombra se aproximando no horizonte, em uma velocidade supersônica. A própria coroa se movimenta...
IMPORTANTE NA HORA DE OBSERVAR
Fabrício alerta para os cuidados que devem ser tomados ao observar o eclipse. Em hipótese alguma você deve olhar diretamente para o sol sem proteção, pois o risco de queimadura na retina e possível cegueira existem. Óculos escuros, radiografias ou negativos de filmes não são recomendados. O mais seguro, de acordo com o astrônomo amador, é fotografar com a câmera do celular, e aí sim, utilizar uma radiografia na frente da câmara. Outra recomendação é para que não se utilize binóculos ou telescópio para olhar, pois o dano pode ser potencializado:
- Sem um filtro específico para isso, há queima da retina em questão de segundos. É como se fosse queimar uma folha com a lupa. Tu pegas uma maior incidência e coloca em um ponto só. Sem equipamento ótico, ocorre o mesmo que se tu olhares para o sol sem proteção, tu não consegues ficar com o olho aberto olhando por muito tempo. No eclipse, a luminosidade diminui e tu consegues olhar, mas o que acontece: a tua pupila dilata um pouco e vai entrar mais luz por ela, atingindo a retina. Isso acontece porque tem menos luz visível, mas tu continuas recebendo a mesma quantidade de luz ultravioleta, e é ela que vai queimar a retina.